Na primeira situação, eu agi exatamente conforme a vontade de quem proferiu a ordem, mas agi por medo, o que é muito diferente de agir porque acredito fielmente que minha ação deva ser praticada, como ocorreu posteriormente. Neste caso, quando se usou da violência e ameaça o que ocorreu foi convencimento (parte da razão). Mas quando me utilizo de estratégias para que alguém adote idéias, pratique algo ou pense da forma que eu quero, estou persuadindo (parte da emoção). Eu posso convencer alguém de que um filme é bom e ainda assim esta pessoa não querer assistir-lhe. A retórica visa principalmente a persuasão, que é mais efetiva que o convencimento.
O mais interessante desta arte talvez seja o fato de que as pessoas são persuadidas sem se dar conta de que foram manipuladas para isso ocorresse. Essa afirmação levanta a seguinte questão: O que seria de nós então se a retórica fosse utilizada para satisfazer a sede de poder de alguns (mais do que já é..)? Seríamos alienados da dominação imposta a nós! Sobre isso, sugiro que leiam o interessantíssimo livro “1984”, de George Orwell.
Por isso que a retórica é ferramenta de trabalho do político, da mídia, do jurista, do religioso (santo Agostinho foi um grande retórico), etc. Sob discursos diferentes, todos estes querem convencer os outros sobre algo, todos querem de alguma forma manter o poder que possuem, querem que suas idéias sejam aceitas ou querem manipular. Nesta guerra de argumentos, idéias e pensamentos que é a vida, de que lado está você, do lado dos que persuadem ou do lado dos que são convencidos?
Fonte: Blog. Prof. Adilson Ferraz e Blog Piadas Ilustradas
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