
Nesta quarta-feira, o ministro Cezar Peluso divulgou nota dizendo que vai propor mudanças na súmula 13, aprovada pelo tribunal em 2008, que veta o nepotismo no Legislativo, no Executivo e no Judiciário. A decisão veio dois dias após o ministro contratar um casal para ocupar cargos em comissão no Supremo (em que não é preciso fazer concurso), pondo Peluso no olho do furacão.
O magistrado afirma que a proposta tem o objetivo de pôr fim a dúvidas sobre o texto da súmula, inclusive entre os próprios integrantes da corte, que não foram sanadas. E que vai "evitar absurdos" que a "interpretação superficial ou desavisada" do texto pode ensejar.
"Para atender a tais ponderações e propósitos, igualmente manifestados por alguns Ministros da Corte, bem como para evitar absurdos que a interpretação superficial ou desavisada da Súmula pode ensejar, o Presidente do STF está encaminhando aos senhores Ministros proposta fundamentada de revisão da redação da mesma Súmula, para restringi-la aos casos verdadeiros de nepotismo, proibidos pela Constituição da República", cita a nota, divulgada no site do tribunal.
A discussão abriu a porteira para que representantes de outros Poderes cogitem rever a norma. O diretor-geral do Senado, Haroldo Tajra, por exemplo, disse que haverá impacto no Legislativo e no Executivo.
Fonte: Revista Veja
Então:
Súmula Vinculante n°13 -
“A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.”
Não entendo onde estão as possíveis dúvidas encontradas nessa súmula.
Tudo bem que neste caso em específico não se configuraria como nepotismo e que o ministro Cezar Peluso deve ter ficado de cabeça quente com certas afimrações sarcásticas a seu respeito, mas daí a se propor a fazer uma reforma?
Com tanta lentidão no judiciário e tantas outras mazelas existentes no nosso país, acho que deveria se repensar melhor antes de perder tempo fazendo revisão de mais uma norma, como satisfação de possíveis caprichos pessoais!
Franquamente.